Vontade de falar tanta coisa
De falar o que eu estou sentindo
ou de viver o que eu estou pensando
Mas o que penso talvez seja sonho,ou sei lá,uma ilusão...
Vontade de gritar absurda!!
De querer tirar essas frases daqui de dentro
Uma espécie de bulimia sentimental...
Sei lá do que se trataria
Pareço confusa,eu sei
Imagina como está aqui dentro...
As palavras estão correndo solta
Com um pouco de liberdade,mas com uma certa censura
É perigoso deixá-las saírem
Elas correm e percorrem muito rápido por ai
Entram em becos que nem sempre tem como sair
Sabe-se lá onde irão parar
Queria que elas parassem em uma certa folha
e dali começassem a sua história
mas é tão dificil encontrar um bom papel
eles estão ficando em extinção
Começam a perder a cor,a sua textura já não é mais a mesma
Sem falar que muitos são iguais
Já não se sabe distinguir um papel do outro
e como começar uma história assim?!?
Vai que a tinta não fixa naquela página?
Vai que o papel se rasga?
Vai que o papel em contato com a caneta só faz borrões?
Como saber a verdadeira qualidade deles?
Nossa...é difícil,né?!?
Enquanto isso a caneta é guardada
Com isso quem perde são os personagens
Que poderiam atuar tão lindamente
Mas acabam sendo censurados
Por conta da extinção de bons papéis
É uma pena...mas é assim que tem que ser
enquanto isso,tampa-se a caneta e mais nada...
(Raquel Schuindt)
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